O diagnóstico dessa patologia é relativamente recente e recebeu o nome de Síndrome de Impacto Femoroacetabular, ou IFA. Essa doença tem prevalência em 10% da população e 70% em esportistas. Também é responsável por 50% a 80% de todos os casos de artrose de quadril.
Até pouco tempo, uma grande parcela dos casos de artrose de quadril era considerada como sem causa aparente (idiopática), mas nos últimos 20 anos passou-se a considerar que o IFA é responsável por uma quantidade expressiva desses casos, podendo ser também considerado uma das principais causas de artrose precoce (em indivíduos adultos jovens). Ou seja, o impacto gera a artrose no futuro.
Na síndrome do impacto femoroacetabular a borda do osso da bacia (acetábulo) e a cabeça do fêmur se chocam durante o movimento, principalmente nas maiores amplitudes de movimentos, podendo gerar prejuízos para a cartilagem, que se destaca de modo irreversível. Pode ocorrer também lesão no labrum acetabular, que pode progredir para artrose.
Esse problema biomecânico acontece nos extremos da amplitude de movimento ou em explosões de força e é incapacitante, tanto em esportistas jovens como nos experientes (o risco é quatro vezes maior depois de 20 anos de treinamento).