Muitas vezes uma fratura ou o desgaste natural acabam levando à necessidade da colocação de uma prótese primária.

Prótese primária alivia dor crônica e limitações nas articulações

Muitas vezes uma fratura ou o desgaste natural acabam levando à necessidade da colocação de uma prótese primária.

Muitas vezes, uma fratura ou o desgaste natural das articulações, como a do quadril ou a do joelho, acabam levando à necessidade da colocação de uma prótese primária, ou seja, a substituição da ligação natural do corpo por outra articulação mecânica, feita pelo homem. O nome do procedimento cirúrgico é artroplastia e é indicado quando o paciente tem dores crônicas ou limitações de movimentos ao executar atividades simples do dia a dia. 

O procedimento para colocação é chamado de artroplastia primária. A substituição por prótese do quadril, por exemplo, é considerada um dos maiores avanços cirúrgicos do século XX, segundo relatório da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias pelo SUS) publicado em fevereiro de 2019, tendo em vista o sucesso obtido para tratar os males provocados por motivos degenerativos, traumáticos ou inflamatórios.

Na colocação de prótese primária no quadril, uma parte do mecanismo é fixado no fêmur, o osso da coxa, e outra em sua conexão com a bacia, chamada acetábulo. Entretanto, a artroplastia pode ocorrer em outras articulações, como joelhos, cotovelos e ombros.

A colocação de uma prótese primária é indicada quando as dores e as limitações de movimento são provocadas por doenças, como a artrose ou a necrose avascular, ou quando a região passa por alguma fratura.

Tipos de próteses primárias

A prótese é um mecanismo feito com peças metálicas e outros tipos de materiais, como polietileno (um tipo de plástico) e cerâmica, que substituem a articulação ou parte dela. A artroplastia pode ser total (tanto fêmur quanto acetábulo são substituídos) ou parcial (apenas o fêmur é substituído), havendo situações específicas para a indicação de cada uma delas, a depender da avaliação médica.

Como é a fixação das próteses?

Existem dois métodos principais para fixar a prótese no paciente: a cimentação (próteses cimentadas) e a fixação biológica (próteses não cimentadas).

Existe também a possibilidade de combinação desses métodos e essas próteses são chamadas de híbridas.

No modelo cimentado, o acessório é fixado aos ossos do fêmur e do acetábulo com um cimento cirúrgico acrílico, que penetra nos poros dos ossos e fixa o implante por expansão e pressão.

Esse tipo de fixação foi o primeiro a ter sucesso na história das artroplastias e ainda é bastante usado, principalmente nos pacientes com pior qualidade óssea, como naqueles com osteoporose.

O procedimento não-cimentado utiliza próteses que são porosas e revestidas por um mineral chamado hidroxiapatita (na maioria dos modelos) e têm sua fixação caracterizada por dois tempos. O primeiro tempo recebe o nome de press fit (isto é, encaixe por pressão) e se caracteriza pelo ajuste preciso e estável do componente ao osso do paciente. Com o passar do tempo, ocorre o crescimento de células ósseas para as porosidades do implante, o que leva à fixação biológica e à remodelação óssea local, num fenômeno chamado de osteointegração. Esse procedimento é indicado principalmente em pacientes com bom suporte e qualidade óssea e tem demonstrado bons resultados nas últimas décadas desde o desenvolvimento dos novos modelos de implante e do melhor entendimento do fenômeno biológico da osteointegração.

As próteses híbridas, como o próprio nome sugere, é a união dos dois métodos anteriores: enquanto uma é fixada no osso utilizando o cimento acrílico, o outro usa a técnica de pressão e osteointegração.

Quando a cirurgia de prótese primária do quadril é para mim?

Se você apresenta dor localizada na região do quadril, virilha, coxa, associada ou não a limitação da mobilidade desta articulação, levando ao prejuízo da execução de atividades diárias como sentar, se trocar, lavar os pés ou cortar as unhas, procure atendimento com um médico ortopedista para avaliação e diagnóstico e indicação do tratamento, cirúrgico ou não.

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